Tudo partiu da imagem do “vomitar coelhinhos” que Julio Cortázar nos ofereceu em Bestiario. Nos perguntamos de que maneira poderíamos transformar esta imagem de força poética em um trabalho de dança. O próximo passo foi agregar um compositor e uma artista visual, propondo um trabalho colaborativo entre as áreas.
Mais do que em atingir um resultado acabado, nosso foco se coloca sobre o processo do vir-a-ser deste evento “sobre vomitar coelhinhos”. Cada apresentação é potencialmente diferente da outra, sempre se mantendo fiel aos sentidos construídos por cada um dos artistas no seu processo. O desejo é o de propor ao público a experiência de se permitir compartilhar de um evento que se dá em um espaço-tempo determinado, com a entrega e o descompromisso de quem assiste pela janela a uma cena que se passa na calçada em frente. É nesse ambiente que desejamos oferecer os coelhinhos que encontramos para vomitar.
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